Série: Lendas Urbanas de Cuiabá - parte 2

As mesclas de lendas de outros cantos acabam envolvendo toda a região, uma lenda se torna verdade para outros povos, outras lendas se misturam. Enriquecendo a cultura popular. Nesta última reportagem sobre as lendas cuiabanas, vamos falar sobre a Onça da Pata Tortas, uma das lendas que assombravam os caçadores, e a Dama de Branco que botava medo nos garimpeiros.

Em Mato Grosso, há números dessas histórias que são contadas até hoje para as crianças. Como no Estado há muitas onças, uma das crenças é que existe a Onça da Pata Torta, que muitos caçadores temem em encontrar em uma de suas caçadas. Dizem que ela é enorme, toda rajada e a pata dianteira dela é torta.

Conta à lenda que essa onça era um velho vaqueiro que cometia muitos crimes, matava, roubava etc. Um dia o velho morreu, e para pagar os seus pecados a alma do vaqueiro se transformou na onça, para andar errado (por isso da pata torta) pelas florestas da região. Muitos caçadores já viram essa onça, atiraram nela, mas não houve nenhum efeito, todos os tiros não a feriram, pois o velho vaqueiro tinha que pagar os seus erros. 

Uma história que pode ser assustadora, mas muitos dizem que pode trazer sorte, é a Dama de Branco, uma assombração ou um duende que aparece aos garimpeiros do rio das Garças. Reza a lenda, que ela passeia à noite pelas estradas, seguindo a frente dos cavaleiros, uma forma de andar leve, quase flutuando e chega a ser inalcançável, se passar por uma curva, ao fazê-la perde-a de vista.

Ela vigia tudo que é de valor, no caso dos garimpeiros, os ouros que eles escondiam ela sempre estava vigiando o local. E se por acaso você a ver, é considerado uma graça e que terá muita sorte.