No ano seguinte, 1966, com a contratação da cubana Glória Magadan, para chefiar o setor de novelas, as primeiras produções próprias deixaram sua marca: histórias rocambolescas, em países distantes, com personagens maniqueístas e nada a ver com a realidade brasileira.
Com a saída de Magadan, em 1969, a Globo deu seu primeiro passo para a nacionalização do gênero, um movimento iniciado na TV Tupi. Com "Irmãos Coragem", em 1970, escrita por Janete Clair, a emissora conquistou, pela primeira vez, a audiência nacional. A partir de então, a telenovela brasileira ganhou o impulso necessário para que se distinguisse daquelas produzidas pelos demais países latino-americanos. Com o chamado "padrão Globo de qualidade", profissionalizou-se e industrializou-se --ainda que as TVs Excelsior e Tupi, na década anterior, já tivessem alcançado um alto grau de profissionalismo com suas produções.
Mas a Globo foi a emissora que melhor soube investir no gênero, impulsionado pela grade horizontal (a mesma atração no mesmo horário, diariamente), em horário nobre (de maior audiência desde sempre), que priorizava o sanduíche noticiário + novela (novela das 6 + jornal local + novela das 7 + jornal nacional + novela das 8, hoje 9. Assim, criou no brasileiro o hábito de manter a TV ligada, a partir do início da noite, nela, na Globo.
Mas a Globo foi a emissora que melhor soube investir no gênero, impulsionado pela grade horizontal (a mesma atração no mesmo horário, diariamente), em horário nobre (de maior audiência desde sempre), que priorizava o sanduíche noticiário + novela (novela das 6 + jornal local + novela das 7 + jornal nacional + novela das 8, hoje 9. Assim, criou no brasileiro o hábito de manter a TV ligada, a partir do início da noite, nela, na Globo.
Como uma coisa puxa a outra, o cenário musical também mudou com as novelas. Se até a década de 1960, cantores e compositores torciam o nariz para algo tão "popular", foi com a Som Livre que todos passaram a disputar um espaço, ou melhor, uma música na novela das oito (desde sempre a de maior repercussão).
Anos 60: "Eu Compro Esta Mulher", "O Sheik de Agadir" (foto), "A Sombra de Rebeca", "A Rainha Louca", "O Homem Proibido", "Sangue e Areia", "Rosa Rebelde", "A Ponte dos Suspiros".
Anos 70: : "Véu de Noiva", "Irmãos Coragem", "Selva de Pedra", "O Bem Amado", "O Espigão", "Escalada", "Gabriela", "Pecado Capital", "Anjo Mau", "Estúpido Cupido", "Saramandaia", "Escrava Isaura", "Locomotivas", "O Astro", "Dancin' Days", "A Sucessora", "Pai Herói".
Anos 80: "Água Viva", "Baila Comigo", ?Guerra dos Sexos?, ?Vereda Tropical?, "A Gata Comeu", "Roque Santeiro", "Ti-ti-ti", "Cambalacho", "Roda de Fogo", "Brega e Chique", "Vale Tudo", "Bebê a Bordo", "O Salvador da Pátria", "Que Rei Sou Eu?", "Tieta", "Top Model".
Anos 90: : "Rainha da Sucata", "Barriga de Aluguel", "Vamp", "Pedra Sobre Pedra", "Mulheres de Areia", "Renascer", "A Viagem", "Quatro por Quatro", "A Próxima Vítima", "O Rei do Gado", "A Indomada", "Por Amor", "Terra Nostra".
Anos 2000: : "Laços de Família", "O Cravo e a Rosa", "O Clone", "Mulheres Apaixonadas", "Chocolate com Pimenta", "Celebridade", "Da Cor do Pecado", "Senhora do Destino", "Alma Gêmea", "Cobras e Lagartos", "A Favorita", "Caminho das Índias", "Caras e Bocas", "Ti-ti-ti", "Cordel Encantado", "O Astro", "Fina Estampa", "Avenida Brasil", "Cheias de Charme", "Sangue Bom", "Amor à Vida", "Meu Pedacinho de Chão".
FONTE: Uol / Televisão
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