Liga da Justiça de dois diretores



O filme que chega às telas agora não foi a primeira tentativa de levar os maiores heróis da DC aos cinemas, mas parecia ser a mais tranquila (certamente as críticas que rondavam a franquia não eram nada perto de ter um filme cancelado no meio do caminho, mas essa história contamos mais à frente). Parecia.

Em maio, pouco antes do lançamento de “Mulher-Maravilha” e com “Liga da Justiça” ainda não finalizado, o diretor Zack Snyder se afastou do filme para cuidar da família depois do suicídio de sua filha. A Warner e a DC trouxeram então Joss Whedon –o responsável pelos dois “Vingadores”, que já havia sido chamado para polir o roteiro–, para comandar a fase final da aventura.

A troca de comando já em uma fase tão avançada da produção foi o último capítulo de uma série de decisões erradas, falta de oportunidades, azar e críticas negativas para colocar Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Ciborgue e Flash juntos, a cereja no bolo de 57 anos de perrengue, desde a criação da Liga até finalmente a história chegar nas telonas do cinema.

A saída de Snyder gerou muitas especulações, com notícias de bastidores dando conta de que a tragédia familiar era apenas uma desculpa, e que o estúdio havia considerado o primeiro corte feito pelo cineasta “impossível de assistir”. As filmagens adicionais, que são comuns em grandes produções, ultrapassaram muito a duração e o orçamento normais: foram US$ 25 milhões e quase dois meses de volta ao set, e com complicações como ter que apagar digitalmente o bigode que Henry Cavill, o Superman, havia cultivado para outro filme.

A versão que chega aos cinemas sofreu grandes cortes em relação à de Snyder (tem quase uma hora a menos), e Whedon aparentemente teve como tarefa principal trabalhar em conexões entre as grandes sequências de ação que seu colega havia filmado. Ainda assim, segundo o elenco, “Liga da Justiça” passa longe de deixar de ser um filme de Snyder (Whedon é creditado apenas como co-roteirista). Mas esse não é o começo (nem o fim) dessa história.

FONTE: Uol

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