Recém-lançado, spin off de “Sex and The City” já está causando polêmica



Desde a última quinta-feira (9), os fãs da série Sex and the City começaram a matar a saudade das aventuras da trupe de amigas mais querida de Nova York. Em dez episódios, o revival “Just Like That”, da HBO Max é uma continuação da história das protagonistas, agora na faixa dos 50 anos de idade.

Mas, do anúncio da estreia da produção até os dias que se seguiram ao lançamento, algumas polêmicas já mobilizaram o público – a começar pelo importante desfalque da personagem Samantha Jones (Kim Cattrall), uma das mais queridas da história, que não está no revival; e culminando no recente caso da queda das ações de uma empresa causada por uma situação que ocorre logo no primeiro episódio.

Abaixo, explicaremos melhor essas duas histórias. Mas atenção: esse texto contém spoilers!


Onde está Samantha Jones?

Sem a personagem de Kim Cattrall, a trama acompanha as outras três protagonistas: Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Charlotte York (Kristin Davis). A ausência de Cattrall foi divulgada como uma simples recusa da atriz ao trabalho, mas é sabido que ela tem em Sarah Jessica Parker um desafeto de longa data.

A intérprete de Samantha Jones já afirmou repetidas vezes que nunca mais trabalharia com a ex-colega de elenco. Na trama, sua ausência é explicada sustentando que Samantha teria ido para Londres e cortado laços com as outras três protagonistas.

Ativa no Twitter, Kim Cattrall não se manifestou diretamente sobre o lançamento da série, mas curtiu postagens do público fazendo referência à produção. “E simples assim… [And Just Like That] eu me encontro apenas querendo assistir a qualquer coisa que tenha Kim Cattrall”, disparou um perfil.

Sarah Jessica Parker e Cattrall contracenaram juntas nas seis temporadas da série, entre 1998 e 2004, e em dois filmes, lançados em 2008 e 2010. Após vários anos de expectativas dos fãs por um terceiro filme, tal possibilidade foi descartada por recusa da atriz de Samantha Jones.

Na época, o jornal britânico “Daily Mail” divulgou que Kim Cattrall teria restringido sua participação à condição de que a Warner Bros. produzisse outros filmes que ela estava desenvolvendo, e, por não aceitar atender tal demanda, o estúdio teria interrompido o projeto de “Sex and the City 3”. Cattrall rebateu tais informações, afirmando em seu Twitter que teria simplesmente negado a ideia de fazer um terceiro filme, ainda em 2016.

No mesmo ano, durante entrevista no programa norte-americano “Entertainment Tonight”, a atriz declarou que ela e as outras atrizes de “Sex and the City” nunca teriam sido de fato amigas e reiterou sua decisão de não voltar a interpretar Samantha Jones, defendendo-se das acusações de que ela estaria “pedindo demais” ou se comportando como uma “diva” por não desejar mais o papel.

Neste sentido, Cattrall criticou o comportamento da intérprete de Carrie Bradshaw. “Acho que Sarah Jessica Parker poderia ter sido mais legal. Eu realmente acho que ela poderia ter sido mais legal. Não sei qual é o problema dela”, afirmou.

Em 2018, uma situação trágica tornou explícito o conflito entre as duas. O irmão de Kim Cattrall foi encontrado morto após alguns dias desaparecido. Sarah Jessica Parker manifestou sua solidariedade em uma publicação feita pela ex-colega de elenco, mas o gesto desagradou Cattrall, que excluiu os comentários e explicitou em um post que não desejava qualquer contato de Parker.

“Eu não preciso do seu amor ou apoio nesse momento trágico. Minha mãe me perguntou quando que Sarah Jessica Parker, essa hipócrita, me deixará em paz? Seu contato contínuo é um doloroso lembrete de quão cruel você realmente era antes e agora também. Deixe-me ser bem clara, você não é minha família e nem minha amiga, então eu estou escrevendo para te dizer pela última vez: deixe de explorar a nossa tragédia para restaurar a sua personalidade de ‘legal'”, escreveu a atriz em seu Instagram.

Na mesma publicação, Cattrall compartilhou um artigo do “New York Post” com o título “Por dentro da cultura de ‘meninas malvadas’ que destruiu ‘Sex and the City'”. O texto continha relatos anônimos sobre posturas abusivas de Sarah Jessica Parker e apontava disparidades de salário entre as atrizes que interpretavam Samantha e Carrie.

Mais inusitada que a morte do personagem Big (Cris Noth) no primeiro episódio do revival de “Sex and the City”, só mesmo a consequência que o roteiro provocou na vida real. Na série, o personagem tem um ataque cardíaco depois de uma prática de spinning em uma bicicleta ergométrica da marca Peloton. Na última sexta-feira (10), dia seguinte à estreia da produção, as ações da empresa tiveram uma queda de 11,3%.

Em resposta, a Peloton lançou um anúncio neste domingo (12) com o ator Chris Noth e a influenciadora Jess King, que fez uma participação especial na série como a instrutora Allegra. No vídeo, o ator que interpreta Big pergunta: “Vamos dar outra volta? A vida é muito curta.” Um narrador, então, descreve os benefícios à saúde da prática de spinning e, ao final, afirma: “Ele está vivo”.

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